Portfolio

dezembro 10, 2013

Portfolio

Novo portfolio no ar! – http://lucianodeszo.com


Hulk #1, p2

abril 1, 2012

Um update… um pouco de tinta, e alguma “definição”.

 

Agora penso em tirar um pouco da tinta, ou, fazer outra versão. No estágio anterior, eu já achava que tinha “acabado”. Agora, acho que está “acabado” de novo. Por isso acho que vou fazer uma versão idêntica, mas no caminho do estágio anterior.


Hulk #1, p1

março 29, 2012

Tudo novo!

Explico.

Este é o meu primeiro trabalho feito a partir de uma série de imagens que eu captei em uma expedição (não consegui achar um nome melhor para o “passeio”) a um certo número de parques em um certo país ao norte do Equador.

Uma breve nota: durante um bocado de tempo eu usei imagens produzidas por outras pessoas como referências para o meu trabalho. Questão de praticidade, e, $$$. Chegou uma hora que eu falei: agora EU vou fazer as minhas imagens, tomando conta do processo todo.

E posso dizer que mudou tudo.

Como diria o Guy Debord (meu mentor temporário), nada substitui a experiência presencial. Nada.

No meu caso, foi uma experiência muito impactante, em todos os sentidos.

A despeito disso tudo, vamos à pintura.

Nos últimos meses, mesmo usando imagens de outras pessoas, eu já estava mudando um pouco as coisas, usando mais aguada, coisas meio indefinidas, meio fluídas, e agora acho que isso vai “aumentar” em intensidade.

Bem, eu acho. A única certeza aqui é não ter certeza de nada.


Mas vamos lá. Ao contrário do passeio na atração, a coisa aqui vai lentamente, camada após camada de tinta diluída. Até que… sei lá.

A única possível aproximação entre o quadro e a atração do parque, pode ser esta “incerteza” de tudo, que se sente ao sair do brinquedo. O seu cérebro demora um pouco para voltar ao normal e situar você no mundo novamente. Algumas pessoas tomam analgésicos também.


Gwazi Tiger, pt. 2

fevereiro 18, 2012

 

Quase terminado, eu acho.

Melhorei um pouco as cores, fiz mais uma camada aqui e acolá… mas mesmo que não esteja terminado, não falta muita coisa. Para mim, o mais importante eu consegui resolver, que era a cor, e a “atmosfera”, mas vamos ver, deixarei o quadro descansando uns dias (nos quais não poderei pintar).


Revolution, pt. 2

fevereiro 16, 2012

Quase terminado… faltando apenas alguns detalhes.


Revolution, p1

fevereiro 15, 2012

Um título com o qual eu mais cedo ou mais tarde eu me depararia. Afinal, a esta altura da história, qualquer coisa pode ser chamada de “revolution”, desde um automóvel a um animal de estimação. Não me surpreenderia em encontrar uma pessoa cujo nome – ou sobrenome – seja revolution. A despeito da carga política que a palavra traz (muito mais do que o seu conteúdo semântico – que seria, simplesmente, uma re-evolução, e evolução aqui significa um giro, volta…), ao dar este nome a uma montanha russa, pode-se quase criar um duplo sentido.

 

Mas isso tudo não importa muito para mim neste momento. Esta imagem amedrontou-me por um tempo. É um pouco diferente das outras que eu usei até aqui, e eu tinha medo de pintá-la. Mas resolvi enfrentar este medo e o resultado está aqui.

 

Neste trabalho, eu diria que o assunto em parte é a fotografia em si, em termos de meio e intermeio. Explico.

 

Como meio seria a forma de expressão/registro. Carrega consigo suas características formais, técnicas e conceituais, e suas especificidades tanto visuais como indiciais, no caso, de servir como registro de algo um índice. E como intermeio seria a ponte entre um meio – a fotografia – e outro – a pintura. Ou, como muitos estão acostumados a ler/falar: intermediador (que basicamente é a mesma coisa).

 

Como intermeio, vem-me à cabeça o velho caso da perspectiva. E isso faz-me lembrar de uma banca de TCC da qual participei recentemente. Nela, um professor notou que os trabalhos apresentados numa exposição de formandos, tinham em comum o uso da fotografia, seja como meio, seja como referência. De fato, praticamente todos os trabalhos lidavam como a fotografia. Isto fez-me pensar: seria a fotografia hoje o que foi a perspectiva durante o Renascimento e nos anos seguintes até o começo do século XX?

Bem, a perspectiva tornou-se um intermeio, de certo modo, por ficar no meio do caminho entre o assunto e o pintor… além disso, tornou-se um modelo de construção de imagem, uma maneira de organizar o espaço. Bem, fica fácil, deste ponto de vista, admitir a fotografia como um intermeio, parecido com a perspectiva, porém, a questão de organizar o espaço… bem esta questão ainda não é confortável para mim, por enquanto. Talvez, por isso eu sempre modifique um pouco o espaço representado na fotografia ao transpô-lo para a pintura.

 

De qualquer forma, neste trabalho eu creio que a fotografia, tanto como meio como intermeio, torna-se relevante mais do que as questões abordadas em outros trabalhos. Claro, essa opinião pode mudar. Ou não.

Acima, eu estava perdido. AInda estou… um pouco menos, como pode-se imaginar ao ver o que está abaixo.

Dias depois, cheguei a este resultado. Eu acho muito diferente do que tenho feito, muito mais descritivo – como o é a fotografia.

Bem vejamos o que sai no final…


Gwazi Tiger, #1 p1

fevereiro 1, 2012

Para mim, janeiro é um mês no qual eu costumo pintar bastante, com a exceção de um ou outro ano, quando estou mais ocupado trabalhando na minha outra vida – a de freelancer.

Agora em 2012, estive também ocupado, mas consegui pintar um pouco – bem pouco é verdade. Mesmo assim, algo está “saindo”, depois de praticamente 2 meses sem pintar.

Em novembro passado, viajei a “trabalho”, para “colher” mais referências em alguns parques dos quais tenho usado algumas imagens, sempre feitas por outras pessoas.

A princípio eu achei que nada ia mudar, eu ia lá com a minha câmera já cansada, habituada à luz dos trópicos, e ia fazer umas fotos e ok. Mas foi diferente. Primeiro de tudo, a câmera mostrou-se inepta para algumas tarefas, e segundo, a impressão que as atrações causaram em mim foi muito diferente do que eu tinha pensado.

Nos meses seguintes, pensei muito sobre o que eu tinha produzido até aqui, e inevitavelmente este “impacto” que eu sofri na viagem vai passar de alguma maneira para o meu trabalho.

Como sempre, de maneira alguma eu almejo recriar ou emular a sensação que uma pessoa tem ao andar em uma montanha russa (se algum elemento do “passeio” é experimentado pelo espectador, isso é uma “reação adversa”). Até porque, nem mesmo o video recriaria as sensações, as quais, cada um reage de maneira diferente.

Em comum, portanto, as duas experiências continuam tendo uma coisa em comum: elas só funcionam com a presença da pessoa.

A pintura, só se conhece ao ver pessoalmente. A montanha russa, idem.

Engana-se quem acha que pode conhecer o trabalho de arte por fotografia. É claro que, a foto serve para divulgação e para que a pessoa possa ao menos saber como é a imagem, em termos de descrição visual, mas pára por ai. Nestes anos em que tive a oportunidade de ver alguns dos mais notáveis trabalhos artísticos produzidos pelos grandes mestres de perto, pude perceber que por melhor que a reprodução fotográfica seja, não é a mesma coisa que a visitação presencial.

Com isto não quero dizer que o meu trabalho, por ser a priori entendido como uma imagem de um passeio em uma montanha russa, tem o seu impacto nulo, por ser uma tentativa de um simulacro de uma experiência. Nada disso. Como desde o princípio a minha intenção nunca foi a de reproduzir ou emular experiência física nenhuma, e sim fazer uma reflexão pictórica a partir de um referencial, basta um olhar além da superficialidade para notar que o trabalho, embora esteja sempre fazendo menção a um fato visual, distingüe-se do mesmo ao ser uma obra independente – a “imagem” é uma pintura, que não é a “foto”, a qual por sua vez não é a “montanha russa”.

A questão da intermediação (a qual é relevante no meu trabalho, tanto no pictórico como na reflexão textual sobre ele) digital (captação, manipulação), posso tratar outro dia.

 

 

Este é um trabalho pequeno – mede 100x70cm. Neste caso, a escala exerce uma importância diferente do que acontece nos meus trabalhos maiores, obviamente. Aproveito este tamanho para experimentar algumas coisas que pensei em fazer depois desta minha visita aos parques.

 

 

Menos massa de cor, e mais transparência, isso é o que busco neste trabalho. Creio que em mais uma sessão eu termino.


Kingda Ka – p1

outubro 15, 2011

Este é um quadro que eu queria pintar desde 2009. Inicialmente pensei em fazer maior, e mudar a composição, mas no fim das contas optei por usar o meu “tamanho padrão”- 2×1,4m.

A referência para este trabalho tem um ponto de vista que eu usei poucas vezes nesta série: olhando direto para o chão, como se o espectador estivesse perpendicular ao solo, caindo.

Aqui nesta etapa, ao menos para mim, a imagem lembra um pouco algumas obras construtivistas. Eu acho… que qualquer dia desses vou fazer umas versões “construtivistas” destes trabalhos.

Bem, eu estava perdido nesse momento. Um problema de forma, e outro, de cor.

 

Esse azul foi um problema para mim. Eu queria muito uma cor brilhante, que não existe na natureza. E que é meio difícil de conseguir fazer usando tinta a óleo. Mas tentei!

Dai depois usei uma tinta bem aguada para fazer algumas coisas, e ocorreu um efeito que eu gosto, de as cores misturarem-se meio sem querer…

Bem na próxima atualização, eu acho que já coloco imagens do azul que eu consegui fazer, talvez a camera não consiga captar a nuance real, mas efim, é que se pode fazer 🙂

 

 


Millennium Force – p2

outubro 12, 2011

 

Terminado!

 

Nas etapas anteriores, eu estava com um problema de cores. Resolvi então tirar a tinta e fazer uma velatura com azul ultramar – uma cor sensacional, e cuja tinta tem propriedades interessantes, ela tem um brilho quase elétrico, devido à sua translucidez, somado a certa profundidade, algo que pode ser usado para dar uma certa “vida”, a qual pode ser vista pessoalmente. Aliás, esta é uma característica muito própria da pintura: uma série de procedimentos que somados, distanciam a pintura de outras formas de arte. Isso é interessante pois, principalmente quando pinta-se a partir de fotografias ou outro tipo de imagem já pronta, tende-se a questionar a validade da pintura. É comum ouvir coisas como “se já existe a foto, para que pintar a imagem?” ora, primeiro pelo simples fato de que, foto é uma coisa e pintura é outra. Uma não é melhor que a outra, mas cada uma tem suas especificidades e características. E uma obra de arte, no caso uma imagem, carrega mais significados que o seu conteúdo imagético. Geralmente, este tipo de comentário é feito por pessoas que precisam estudar mais e melhor, ou pensar mais e melhor, ou ainda, olhar para suas referências (no caso, textos críticos e teóricos) intelectuais com mais cuidado. Um dado simples: (quase) sempre notaremos diferenças nos textos que falam de pintura, quando são escritos por teóricos com relação a textos feitos por artistas (pintores ou não).

 

Mas por enquanto vamos à imagem do trabalho, praticamente pronto:
Além da já citada área azul, fiz outras interevenções, pequenas.

 


Montezum #2 – pt3

outubro 12, 2011

 

 

Bem, um trabalho onde eu tinha colocado tinta, tirado… e por fim, coloquei mais tinta, agora um verde mais saturado…

E depois um pouco de violeta. O verde, ficou super saturado, brilhante. Muito diferente do que originalmente eu tinha em mente, mas acaba tendo a ver com o que eu penso para o meu trabalho atualmente.

Como eu já escrevi aqui, este era um trabalho que tinha tudo para dar errado. Some-se a isso a cor, e a chance de ficar uma porcaria, é enorme.

Mas o negócio é esse. Fazer arte tem a ver com a incerteza, e, como um professor meu dizia, tem a ver com o embate entre o artista e o material. Sem esse embate, fica difícil fazer algo. Esse embate, ou, a parte artesanal-técnica da coisa, é fundamental para se ter certeza sobre o que se faz. Embora possa parecer paradoxal ou contraditório a princípio, com relação ao que eu escrevi sobre trabalhar orientado pela incerteza (…), é necessário entender que quando eu falo em incerteza, falo da parte impalpável do processo de criação, ao passo que a parte material da coisa – palpável – essa lida mais intimamente com a certeza. Certeza que acaba estando ligada à decisão típica do desenho, falo do desenho como forma fundamental de decidir o que se faz, meio que no sentido renascentista da palavra (“meio” pois penso na parte decisiva do desenho muito mais do que na parte de inspiração metafisica, embora eu não tenha condições de negar as possíveis e/ou prováveis implicações “divinas” do desenho, e quem poderá fazê-lo?), o qual faz-se por linhas ou por manchas. Acho um tanto desnecessário separar o desenho linear do “pictórico”, desenho, mais do que contornos, são decisões. Acho razoável afirmar isso, e, se for necessário ou se o tempo me mostrar outra conclusão, falo outra coisa.

Por fim, este trabalho esta exposto atualmente (até o dia 4 de dezembro de 2011) no Paço das Artes, junto com este, além de trabalhos de alguns amigos meus (mais informações aqui).